segunda-feira, 2 de julho de 2018

Jambu amazonense agora é patente americana

http://www.aldeianago.com.br/outros-baianos/19637-um-olho-no-jogo-outro-no-jambu-por-juca-ferreira


aqui


https://www.brasil247.com/pt/colunistas/jucaferreira/360224/Um-olho-no-jogo-outro-no-jambu.htm


e aqui

Do portal Amazônia.org.br:

EUA registram propriedade medicinal do jambu e impedem pesquisa da Universidade Federal do Amazonas

Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) abandonaram três meses de estudos sobre as propriedades anestésicas do jambu porque uma patente registrada nos Estados Unidos os impedia de lançar no mercado uma pomada bucal de uso odontológico. As pesquisas realizadas eram com a substância spilantol, presente no jambu, vegetal usado na culinária amazônica como ingrediente do tacacá e pato no tucupi, por exemplo.

Segundo informações obtidas no departamento de Fisiologia Humana da Ufam, o jambu – planta típica de regiões de trópico úmido – não existe nos Estados Unidos (EUA). Mesmo assim, nos sites de patentes encontraram 15 delas registradas nos Estados Unidos e 34 na Europa.

A substância spilantol é descrita nessas patentes como apropriadas para uso anestésico, antisséptico e ginecológico e vendida no mercado até mesmo como cosmético. (...) Com a perda da patente do jambu, o departamento de fisiologia admite que novas pesquisas agora são realizadas com pelo menos três outras plantas [que] apresentam, também, alcalóides com propriedades semelhantes ao spilantol. (...) O nome das plantas são mantidas em segredo para garantir o sigilo do conhecimento até que tenha sido devidamente patenteada.

O episódio com o jambu, segundo o departamento, demonstra que o conhecimento ancestral dos povos da Amazônia precisa ser melhor [estudado] para que não caia nas mãos de pesquisadores estrangeiros. As propriedades anestésicas do jambu são conhecidas da população local. Suas folhas e flores são usadas sobre o dente comprometido para aliviar a dor. . (...)




Da série "fala fino com os Estados Unidos": Neste mês, a universidade federal do Amazonas teve que interromper estudos medicinais com o jambu porque os norte americanos patentearam o vegetal amazônico. Inaceitável! Essa patente ilícita não deveria ser reconhecida pelo Brasil.


Um olho no jogo, outro no jambu

Tentamos, no Ministério da Cultura - MinC, aprovar uma legislação para defender nossos conhecimentos tradicionais. Mas não havia entendimento acerca da importância do gesto. Parecia a muitos uma manifestação de culturalismo inconsequente.

Eram mais de cem (hoje já deve estar em maior número) os conhecimentos tradicionais brasileiros patenteados por grandes laboratórios e empresas de vários países. Alimentos, remédios, cosméticos.

Eles entram aqui livremente. Levam um pequeno pedaço da planta, uma amostra de animal, uma receita. Depois, se confirmam as propriedades terapêuticas, alimentícias ou cosméticas, eles simplesmente patenteiam e passam a ter direitos sobre esses conhecimentos. Simples assim, sem nenhum esforço, sem gastos.

O nome disso é biopirataria.

Até os chás que nossas vovós faziam para nos curar de doenças já estão patenteados.

Precisamos reverter. Podemos reverter isso.

Primeiro é preciso entender o valor cultural, ambiental, terapêutico e econômico dos conhecimentos tradicionais e da biodiversidade brasileira. Entendê-lo como importante ativo para nosso desenvolvimento.

Enquanto nós discriminamos, prisioneiros de um conceito bacharelesco do conhecimento, o capitalismo de ponta, que lida com os conhecimentos científicos mais avançados, se apropria graciosamente de nossas riquezas, sem preocupação e sem ser incomodado.

É preciso valorizar, proteger e manejar de forma sustentável essas riquezas e reconhecê-las como propriedade dos povos e comunidades detentoras desses conhecimentos. Seu uso deve reverter em benefícios para eles.

As nossas universidades precisam valorizar o conhecimento tradicional e assumir a dianteira das pesquisas científicas. Abandonar de vez a postura elitista e bacharelesca em relação aos conhecimentos tradicionais.

Há alguns projetos de pesquisa muito bons, mas são absolutamente insuficientes para o país que tem a maior biodiversidade do mundo.

Somos mega-biodiversos e, ao mesmo tempo, não sabemos como transformar essas riquezas em ativos para o nosso desenvolvimento. Destruir, desmatar desertificada, além de crime contra a vida, significa um nível muito baixo de desenvolvimento civilizatório.

Qualquer projeto de desenvolvimento nacional tem que abordar esta questão com seriedade, consciência ambiental e cultural com a certeza que esse pode vir a ser um poderoso ativo econômico.

O Brasil tem tudo para ser uma nação de ponta da nova economia do Século 21.

A decisão tem que ser agora. É preciso uma grande mobilização popular em defesa do nosso patrimônio cultural.

Juca FerreiraSociólogo, ex-ministro da Cultura



De acordo com o professor, as pesquisas agora se voltaram para três outras plantas que também apresentam alcalóides com propriedades semelhantes ao spilantol


Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) abandonaram três meses de estudos sobre as propriedades anestésicas do jambu porque uma patente registrada nos Estados Unidos os impediam de lançar no mercado uma pomada bucal, de uso odontológico. As pesquisas eram realizadas a partir da substância spilantol, presente no jambu, cujo nome científico é Spilanthes acmella, planta muito utilizada na culinária amazônica como ingrediente para o tacacá e o pato no tucupi.
Segundo o orientador das pesquisas sobre o jambu, professor de fisiologia humana Renilto Frota Corrêa, da Ufam, a planta é típica de regiões de trópicos úmidos, como a Amazônia, e não existe nos Estados Unidos. No entanto, quando os pesquisadores foram verificar os sites de patentes encontraram 15 delas registradas nos Estados Unidos e 34 na Europa.

sábado, 23 de junho de 2018

Pq será que o dinheiro de Meirelles é limpo e o de Palloci é sujo....

Meirelles faturou 217 milhões somente em 2016...mas a grana dele é limpa....Palocci faturou 60 milhões no decorrer de toda a sua vida...mas o de Palloci é sujo...

Não apoio dedo rola-bosta tipo Palocci mas uma coisa não podemos esquecer: Meirelles faturou 200 milhões em serviço de consultoria, sendo que Palloci faturou 60 milhões...minha dúvida é: porque o dinheiro do Meirrelles é limpo e o Palocci é sujo...para dizer qualquer coisa contra Lula e Dilma ele Palloci ganhará a liberdade e 30 milhoes de reais....o mais incrivel é que a PF estará à frente da delação, e como se sabe, a PF é um anexo do FBI e do DOJ....e muitos delegados da PF são aecistas declarados e, claro, um deles, tomará de conta de Palocci delator....o MPF também é anexo do DOJ o Departamento de Justiça dos EUA.....o Morto também....o STF idem....não sobra nenhuma Instituição que se aproveite


https://www.metropoles.com/brasil/empresa-de-consultoria-de-meirelles-lucrou-r-217-milhoes-em-2016


> Maior parte do dinheiro foi paga em contas fora do país.

> R$ 167 milhões foram pagos 3 meses antes de assumir Fazenda.

> R$ 50 milhões em setembro, quando ele já estava no cargo.

> Entre os pagadores está Joesley Batista, hoje o inimigo nº 1 de Temer.

> Ministro diz que valores foram declarados e os impostos, pagos. Ele nega irregularidades.

> Segundo Meirelles, maior parte dos valores refere-se a serviços prestados nos últimos anos e são compatíveis aos de mercado.


História da Shell mostra que lobby e corrupção estão no DNA da empresa


por Redação RBA
Empresa anglo-holandesa responde a acusações criminais na Suprema Corte da Nigéria por desvio de recursos públicos e pagamento de propinas durante a compra de um dos maiores campos de petróleo do país
São Paulo – Beneficiada pelo lobby britânico que resultou em uma série de vantagens fiscais e concessões feitas pelo governo Temer, a Shell já é velha conhecida na indústria de petróleo por modioperandi que passam ao largo da lei. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou nota ontem (22) sobre o histórico de atuação da empresa. A anglo-holandesa responde a acusações criminais na Suprema Corte da Nigéria por desvio de recursos públicos e pagamento de propinas durante a compra de um dos maiores campos de petróleo do país, vendido por US$ 1,3 bilhão, dos quais apenas US$ 210 milhões chegaram aos cofres do governo.
Junto com a petrolífera italiana Eni, a Shell é acusada de desviar US$ 801 milhões para as contas de ex-ministros nigerianos, além de um empresário local, que teriam intermediado a venda e a licença de exploração do campo, com reservas estimadas em nove bilhões de barris de petróleo. O caso ocorreu em 2011, mas veio à tona no início de 2017, por meio de reportagem da rede de TV britânica BBC, que teve acesso a e-mails de representantes da Shell durante o processo de negociação.

Noruega honesta? A Statoil e a corrupção em Angola, por William Nozaki

A Statoil e a corrupção em Angola, por William Nozaki
A Noruega e a Angola são países que ocupam lugares diametralmente opostos nos rankings de transparência internacional, enquanto os nórdicos figuram nas listas dos países com melhor governança estatal e empresarial cabe aos africanos o posto de país elencado nas listas dos mais corruptos e com ambiente de negócios altamente permeável à porta giratória entre Estado e mercado.
Tal diferença, entretanto, não impediu que os dois países aparecessem lado a lado figurando como cúmplices em uma investigação anti-corrupção envolvendo as grandes petrolíferas Statoil, hoje com o nome de Equinor, e Sonangol.

Segundo investigações conduzidas pelas autoridades européias, a Statoil teria pago cerca de 500 milhões de Euros para ter acesso às licenças de exploração e produção ao longo da costa de Angola, além disso outros 81 milhões de Euros seriam usados para diferentes investimentos sociais e tecnológicos, com destaque para a construção de um centro de pesquisa, qualificação, desenvolvimento e inovação. Os montantes teriam sido pagos à Sonangol, entretanto os recursos não teriam sido utilizados para suas finalidades contratadas.
Os primeiros indícios de desvio desses recursos começaram a surgir em 2013, quando outras empresas do setor como a BP inglesa, a Total francesa e a Repsol espanhola se associaram à Statoil para mobilizar um fundo de financiamento que atingiu cerca de 400 milhões de dólares para a constituição do referido centro de pesquisas.
A despeito do valor expressivo recebido pela Sonangol angolana, o centro não chegou a ser construídos e os registros do projeto, ao que tudo indica, desapareceram. Esse núcleo de P&D deveria ter sido construído na cidade de Sumbé, onde está sediado o Instituto Nacional do Petróleo, mas ao contrário do que se imaginou, provavelmente, o projeto era apenas um pretexto para a operacionalização de negociatas em torno de licitações, concessões e regulações das reservas de óleo e gás angolanas.
A situação veio à tona apenas depois da Statoil e da BP tornarem o caso público em seus balanços anuais e depois de o governo Angolano recorrer ao FMI para um pedido de ajuda financeira, o que colocou a Sonangol debaixo de uma fiscalização mais atenta por parte dos organismos financeiros internacionais. 
As investigações desse caso remetem a um outro escândalo de corrupção envolvendo dessa vez o vice-presidente angolano e ex-presidente da Sonangol, Manuel Vicente, e o ex-procurador do departamento central de investigação e ação penal de Portugal (DCIAP), Orlando Figueira. O magistrado português teria recebido algumas parcelas para arquivar investigações de crimes de colarinho branco e de organização criminosa internacional contra o político angolano de alta patente.
Os montantes utilizados no suborno também seriam referentes a projetos financiados, mas nunca executados pela empresa Sonangol e pelo governo Angolano, indicando um possível modus operandi da elite econômica e política daquele país.
Se por um lado é verdade que a economia angolana é uma das mais opacas em termos de publicização e transparência nas contas públicas, por outro lado também é correto que as grandes petrolíferas internacionais muitas vezes zelam pela boa governança em seus países de origem, mas atuam ao arrepio da lei nos países periféricos.
Tanto as International Oil Companies (petrolíferas privadas de atuação global, IOCs), como a BP e a Total, como as National Oil Companies (petrolíferas estatais de atuação global, NOCs), como a Statoil, não estão imunes ao fato de que a indústria mundial de petróleo é uma das mais expostas aos casos de investigações envolvendo corrupção ativa ou corrupção passiva, não se trata de um problema empresarial endêmico, mas de um problema setorial sistêmico, dados os interesses geopolíticos e políticos e os volumes de contratos e recursos movimentos por esse setor. O combate à corrupção no setor petrolífero não comporta simplificações e moralismos.
William Nozaki é professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Possui graduação em Ciências Sociais pela USP e mestrado em Economia pela UNICAMP onde realiza o doutorado em Desenvolvimento Econômico. Atua nas áreas de economia política e brasileira pesquisando temas como crescimento econômico, concentração de riqueza e distribuição de renda.



domingo, 10 de junho de 2018

JB: No comando da Petrobrás, Pedro Parente manteve relações perigosas com FHC e outros influentes


Agência Brasil
Ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, mantém relação societária com Fernando Henrique Cardoso
Pedro Pullen Parente, quando era secretário-adjunto do Tesouro, no governo Sarney, fez uma das mais complexas operações na estrutura fiscal do país.Por determinação da Constituição, cortou, em 1988, o cordão umbilical entre o Tesouro Nacional, Banco Central e Banco do Brasil, tarefa em aberto desde a criação do BC, em 1964.
Outra foi a gestão da crise de energia, em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso. Era, então, chefe da Casa Civil. Essas operações lhe deram a fama de administrador eficiente. Motivo que o guindou ao comando da Petrobras, em 1º de junho de 2016.
A última aparição de Parente no cenário político nacional durou exatos dois anos. Findou por conta de atritos com o Planalto sobre a política de preços dos combustíveis da estatal.
Durante o comando da Petrobras, manteve relações perigosas com pessoas influentes na conjuntura financeira do país.
Como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem ainda é sócio na incorporadora Sarlat Empreendimentos e Participações. Também fazem parte do quadro societário o ex-ministro das Relações Exteriores de FHC, Celso Lafer, e Lucia Hauptmann, ex-mulher de Parente.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

PF apreende R$ 2 milhões em busca em endereços de Aécio e aliados de Temer




PF apreende R$ 2 milhões em busca em endereços de Aécio e aliados de Temer - Agência O Globo


BRASÍLIA - A Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira R$ 2 milhões durante as buscas realizadas em endereços de aliados do presidente Michel Temer e do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). A polícia não especificou os locais onde o dinheiro foi encontrado.
A Polícia esteve hoje em diferentes endereços ligados a Aécio Neves.

A operação se estendeu ainda aos gabinetes no Congresso do próprio tucano, do senador Zezé Perella (PMDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e à residência de Andréa Neves, irmã do senador. Os imóveis de Aécio são localizados no Lago Sul, em Brasília; em Ipanema, no Rio de Janeiro; e em Anchieta (MG). Ele também tem uma fazenda no município de Cláudio, no interior de Minas. Ainda houve ordem de prisão contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela e uma operação contra homem de confiança de Cunha, Altair Alves Pinto.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Eram procurados documentos e informações sobre um caso que tramita no Conselho acerca de uma disputa entre a Petrobras e a Empresa Produtora de Energia (EPE), de propriedade do grupo JBS e com sede em Cuiabá.
MAIS CEDO, POR MEIO DE NOTA, A PF INFORMOU QUE FORAM EXPEDIDOS PELO MINISTRO EDSON FACHIN, RELATOR DA LAVA-JATO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 18 MANDADOS.
Na operação de hoje cerca de 200 policiais federais cumpriram 49 mandados judiciais, sendo 41 de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva nos estados de Minas Gerais (17 buscas e 3 prisões preventivas), Paraná ( 2 buscas e 1 prisão preventiva) , Rio de Janeiro ( 3 buscas), São Paulo (7 buscas e 1 prisão preventiva), Maranhão ( 1 prisão preventiva) e Distrito Federal (12 buscas e 2 prisões preventivas).

Segundo a PF, as medidas visam coletar provas de corrupção e crimes contra a administração pública, entre outros crimes, nas investigações que tramitam no STF.